sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Casario Fernando Machado

Casario da Rua Fernando Machado
End.: Rua Coronel Fernando Machado, 464, 472, 480
Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




A área onde foi edificado o casario da Rua Cel. Fernando Machado localizava-se nos fundos do terreno do prédio nº 863 da Rua Duque de Caxias, residência de Antonio Chaves Barcellos Filho.

Antigamente, um pouco acima do local das casas, ficavam as cocheiras do Palácio da Província. O terreno foi adquirido no início dos anos 20. Uma parte da área fora adquirida do Dr. Freitas e Castro e outra do Governo do Estado.





Entre 1927 e 1928, Antônio Chaves Barcellos Filho mandou construir o conjunto de casas sobre a área frente à Rua Cel. Fernando Machado, hoje números 464, 472, 480, 482, 492, 494, 504, 506 e 514. Os construtores das casas foram João Knogl e Theo Backer. Em dezembro de 1929 as casas são vendidas para Felisberto Barcelos Ferreira de Azevedo.


Os prédios formam um conjunto homogêneo com suas nove casas de três pavimentos geminadas. São construídas em alvenaria de tijolos e cobertas com telhas francesas. As coberturas têm a cumeeira longitudinal, perpendicular à fachada da frente e quatro águas.

No nível do passeio localizam-se as portas de entrada e da garagem. A circulação de cada unidade organiza-se a partir do acesso, com aproveitamento do desnível do terreno. Da porta de entrada ergue-se um lance de escada que chega ao primeiro piso do sobrado, que corresponde ao térreo.

Devido à topografia do terreno em desnível, a casa possui três pavimentos em sua parte frontal e dois pisos na parte posterior. Alcançando o topo do lance de escada chega-se a um hall de distribuição. Entre a escada de madeira que leva ao pavimento superior, ficam duas portas, uma para a sala e outra para a varanda.

A sala possui duas janelas e peitoril com floreira voltada para a rua. A varanda (antiga denominação da sala de jantar), fica em direção aos fundos, seguida da copa, cozinha e de um quarto nos fundos. Em todas estas peças as aberturas são voltadas para o pátio. Este piso corresponde ao térreo.
No terceiro pavimento o hall distribui três dormitórios e um banheiro. O dormitório voltado para a rua tem abertura constituída de porta-janela com sacada, guarda-corpo em ferro trabalhado e floreira.

Os prédios têm as fachadas simétricas, duas a duas, como casas geminadas. No geral, a movimentação nas fachadas é feita pelo desenho das aberturas nos diferentes níveis e alturas dos panos, sacadas e balcão com floreira. Em cima, no coroamento, cinco casas têm saindo da tacaniça no telhado, uma mansarda. Em outras três, o pano da parede ergue-se a partir da parte superior da porta da garagem até a cumeeira de parcela do telhado formando um frontão.

Os ornamentos são definidos com a texturização do reboco, constituindo-se de linhas de textura lisa, na maioria das casas, pintadas em cor diferente do restante da fachada; nos elementos estruturais (vigamento e pilares) simulados. Possui pintura rugosa ou tipo salpique sobre as paredes e detalhes em flores sobre textura rugosa.

As casas no 480 e 514, localizadas nas extremidades do conjunto, são diferenciadas, com entrada lateral que acessa o 1o pavimento através de escada. Ambas possuem fachadas laterais. As demais organizam-se em três tipologias básicas. As de no 480 e 482 são idênticas e espelhadas, bem como as de no 504 e 506. São idênticas e espelhadas as de no 480 e 492, não geminadas. A de no 494 se apresenta isolada.

Desde 1883, o município revelou preocupação em urbanizar a quadra entre Duque de Caxias e Cel. Fernando Machado, onde a ladeira do Morro da Formiga criava dificuldades intransponíveis.

Em 1922, conforme o relatório do Intendente José Montaury, foram ali plantados 20 jacarandás; em 1928, cuidou-se da construção do belvedere e escadaria para a Rua Cel. Fernando Machado, com projeto do arquiteto Christiano de La Paix Gilbert, construção pela empresa do arquiteto Theo Wiederspahn e com ajuda da família Chaves Barcelos, que, sendo dona dos imóveis do quarteirão, custeou um terço do total das despesas.

Catedral Matropolitana

Catedral Madre de Deus e Cúria Metropolitana


Endereço: Rua Duque de Caxias, 1047
Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura
O conjunto está implantado em um terreno de 8.519,05m², sendo a área construída da Catedral de 2.916,14m² e da Cúria de 4.489,65m².



Apesar das transformações da cidade, sua implantação destaca-se no cenário urbano. A monumentalidade destas edificações convive harmonicamente com os elementos naturais e construídos do entorno e sua implantação, em cota elevada, caracteriza o conjunto como um dos principais marcos paisagísticos do Centro Histórico de Porto Alegre.
Quando Porto Alegre era apenas o porto de Viamão, uma capela foi edificada junto à Rua da Praia, com o nome de São Francisco de Chagas, para atender as demandas dos colonos açorianos. Em 1772, com a criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, uma nova igreja foi idealizada para ser a matriz.

Em 1774, um ano após a transferência da capital do estado de Viamão para o Porto dos Casais e a alteração do orago de São Francisco para Nossa Senhora Madre de Deus, a freguesia recebeu um projeto do Rio de Janeiro, de autoria desconhecida, em estilo barroco, com um corpo de três aberturas ladeado de dois campanários. As obras iniciaram no final de 1779 e foram concluídas em 1846.

Suas dimensões eram questionadas desde 1841, mas, só em 1915, um concurso para elaboração do projeto de uma igreja maior foi lançado. O vencedor foi o arquiteto Jesús Maria Corona, que elaborou um projeto neogótico com cinco naves e torres de 72 m de altura, com uma cripta em estilo manuelino. Os projetos de Theo Wiedersphan e Johan Ole Baade foram premiados.

Após inúmeras críticas, especialmente da Escola de Engenharia, o projeto foi abandonado. O Arcebispo remeteu, então, os projetos para Roma para uma revisão, executada pelo arquiteto da Cúria Romana, Giovanni Baptista Giovenalle, respeitado arquiteto, então professor da Academia de Belas Artes São Lucas de Roma, além de membro da Comissão de Arte Sacra da Basílica de São Pedro.

A pedra fundamental da nova Catedral, em estilo neo-renascentista seguindo, em escala menor, o modelo de São Pedro de Roma, foi lançada em agosto de 1921. Em 1929 os serviços religiosos foram transferidos para a nova cripta, possibilitando a demolição final da velha igreja barroca e a continuidade das obras. Vinte anos depois, as celebrações começaram a ocorrer na nave. As torres levaram outros vinte anos para serem finalizadas, sendo inauguradas em 1971, um ano antes da conclusão da cúpula. Somente em 1986, a catedral pôde ser concluída e consagrada.

A Catedral Madre de Deus possui um subsolo, onde está instalado o Salão Nobre e salas de apoio, um térreo, composto por amplo átrio, batistério, nave central, naves laterais; sacristia e salas de apoio, e um coro. A estrutura e as fachadas da edificação foram totalmente executadas em granito rústico rosa, extraído no bairro Teresópolis e na Aberta dos Morros, em Porto Alegre.

A fachada principal possui três corpos salientes (frontispício e torres) com intervalos na altura dos terraços sobre as naves laterais, três acessos simétricos entre colunas de granito aparelhado e uma cúpula de 65 metros de altura do nível da praça e diâmetro interno de quase 18 metros, uma das maiores do mundo.

A cúpula, construída em 1955, é estruturada por duas cascas de concreto, composta por 12 nervuras e 24 aberturas circulares. É apoiada sobre um tambor de alvenaria de tijolo maciço com pilares e cinta em concreto armado, com 12 conjuntos de colunas com capitéis em granito, aparelhadas duas a duas e intercaladas por aberturas com esquadrias de inox e vidros translúcidos. É encimada por um lanternim de granito rosa polido com 12 venezianas de cobre que, por sua vez, é coroado por um pináculo com uma cruz em aço inox, que se repete nas torres sineiras.

Giovenale utilizou elementos decorativos arcaicos, semelhantes aos empregados nas antigas edificações dos incas do Peru, coroando o conjunto com oito gigantescas carrancas de feições indígenas nos cantos dos braços da cruz latina, na divisão do subsolo com o térreo. Vinte esculturas de granito, representando os patriarcas e os apóstolos, estão instaladas sobre a balaustrada da fachada principal e nos quadrantes das torres sineiras. Os portões de ferro têm relevos em bronze com motivos episcopais, no acesso ao Salão Nobre nos lados leste e oeste.

Os mosaicos do frontispício, foram executados pela Academia de Mosaicos do Vaticano, representando a história da Igreja no estado. Mostram a Padroeira Maria, a Mãe de Deus, ao centro, ladeada por São Francisco de Assis, o antigo orago, e os mártires jesuítas Roque Gonzales de Santa Cruz, Afonso Rodrigues e Juan del Castillo. Do outro lado estão São Pedro, Padroeiro do Rio Grande do Sul, o Papa Pio IX, criador da diocese, e Santa Teresa de Ávila, protetora da fortaleza que existia no extremo sul do estado. Painéis laterais representam as cenas da Anunciação e da Crucificação, tendo o Pantocrator acima, no tímpano.

O altar-mor, onde está a escultura da Madre de Deus, foi executado em mármore de Carrara, com pintura a óleo sobre tela de Aldo Locatelli. As quatro esculturas nas pilastras de sustentação da cúpula representam os evangelistas. Outro destaque do interior da edificação é a primeira escultura de São Francisco das Chagas entalhada em madeira, venerada pelos açorianos que, inclusive, emprestou o nome para a Freguesia de São Francisco das Chagas do Porto dos Casais. As portas de acesso às naves são de madeira maciça com obra de entalhe representando São Pedro e o Papa João Paulo II ao centro, Dom Vicente Scherer na porta da direita e Dom Cláudio Colling na porta da esquerda.

Foram gravadas, com ácido fluorídrico, figuras que representam a Virgem e o Menino; Jesus, o Bom Pastor e os quatro bispos, doutores da Igreja (São João Crisóstomo, São Basílio, São Jerônimo e Santo Agostinho) na divisória de madeira de lei maciça e nas bandeiras, dois anjos na bandeira da porta central e símbolos religiosos nos vidros das portas de acesso à sacristia e salas de apoio, obra do artista espanhol Iglesias. O vitral de Nossa Senhora Madre de Deus do presbitério, lado sul, ao alto, executado em vidro colorido e afixado com perfis de chumbo é elemento integrante da edificação.

Os vitrais de fibra de vidro pintados foram sobrepostos às esquadrias originais de vidros lisos, incolores e translúcidos. Em 2006, através da Lei Rouanet, a cúpula foi reformada, recebendo uma cobertura de quatro toneladas de cobre, que substituiu a de mármore.A pavimentação do passeio público foi executada em mosaico português com tesselas em cores branca, preta e vermelha, com desenhos geométricos e estilização da flor de Liz.





Cúria Metropolitana
O prédio da Cúria Metropolitana, construído para abrigar o antigo Seminário Episcopal, foi projetado pelo arquiteto francês Jules Villain. A obra iniciou em 1865, foi complementada, a partir de 1870, pelo arquiteto imigrante alemão Johann Grünewald, que introduziu arremates neogóticos no desenho original, e concluída em 1888. A composição modulada das fachadas, a simetria dos elementos, a presença da empena triangular da fachada sul, o acesso monumental com escadarias e colunatas, caracterizam o estilo neoclássico, em voga no século XIX.
A Cúria Metropolitana abriga o Arquivo Histórico da Mitra, com documentos históricos que precedem a constituição da Província do Rio Grande de São Pedro e da República.

O edifício principal possui três pavimentos: subsolo, térreo, onde se encontra o claustro, e segundo pavimento, que se interliga com a Casa Paroquial através de uma passagem térrea e uma passarela. É circundado por um muro com portal de acesso centralizado que, através uma escadaria, conduz ao acesso principal do térreo, sobre o qual está o brasão do bispo Laranjeira com uma inscrição em latim, comemorativa da inauguração. Outra escadaria emoldura este acesso conduzindo à varanda do piano nobile, protegida por um pórtico decorado com colunas toscanas em pedra grês avermelhada.

Um frontão clássico triangular, com um esplendor de raios talhados em pedra e a inscrição do monograma Mariano, coroa o edifício. Uma platibanda de pedra vazada arremata toda a construção com motivo de quadrifólios góticos, que se repete nas balaustradas dos pisos inferiores com pequena modificação, contrastando com o estilo neoclássico do projeto original.
A edificação foi construída em alvenaria de pedra e tijolo maciço, com argamassa de argila ou cal. As portas e as janelas, com seus tampões internos, são de madeira maciça. As janelas do térreo são guarnecidas por grades externas de ferro. O uso do arenito aparente e aparelhado nas balaustradas e peitoris das escadarias, nas colunas do acesso principal, nas colunatas do claustro, nas ombreiras e requadros dos vitrais do segundo pavimento do claustro, nos balcões e em parte das pavimentações internas estabelecem um caráter singular na arquitetura da cidade. O piso interno é composto por tabuado de madeira maciça, tacos de madeira de lei e revestimento cerâmico. Os revestimentos internos e externos compõem-se de argamassa de cal e areia.



São elementos artísticos integrados à edificação as obras em arenito, portões e gradis em ferro trabalhado, o monumento em granito encimado pelo busto de Dom Sebastião Laranjeiras, em mármore de Carrara e uma pintura de Aldo Locatelli retratando Dom Vicente Scherer.
Em Impressões Sentimentais da Cidade, Athos Damasceno deixou uma sensível descrição do conjunto do antigo Seminário, que aqui vai em parte reproduzida:

"Deste sim, talvez se possa dizer que é o único monumento da cidade. Vasto, com seu muralhão de fortaleza arrematado no alto pela cintura rendada dos balaústres, impressionaria só pelas proporções se, ao cabo da escadaria extensa, não se erguesse, imponente, o frontão clássico triangular sobre a ordem severa das colunas lisas. (...) No centro - a área quadrada dos claustros, com as arcadas simples sobre pilares maciços, os corredores longos batidos pelo sol, e o bom silêncio conventual que leva a gente às meditações".

Solar Riachuelo, 525

End.: Rua Riachuelo, 525

Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




Construído por volta de 1906 como residência do imigrante português Antonio Francisco Soares, funciona atualmente como centro de eventos de pequenas e médias proporções.
O sobrado é um dos exemplares remanescentes mais antigos localizados em uma das ruas estruturadas da malha inicial da cidade, sendo testemunho da forma de viver das famílias burguesas da época.

Apresenta um esquema de implantação surgido no país na metade do século XIX, com planta em L, fachada sobre o alinhamento, jardim lateral e porão alto. A inserção do jardim lateral proporcionava a ventilação e a iluminação dos ambientes internos, possibilidades até então desconhecidas nas tradições construtivas do Brasil da época. Com o porão alto, as casas conservavam uma altura discreta da rua, protegendo a intimidade, aproveitando o porão para o alojamento de empregados e áreas de serviço. Os elementos de acabamento e decoração da fachada, a simetria, o uso da platibanda para esconder o telhado, e demais elementos como compoteiras, vergas retas e balcão em ferro atendem a expressão do movimento conhecido como Ecletismo.

Em 1956, um reforma descaracterizou o layout interno da casa, adaptando-a para atender as funções sócias da Sociedade Síria. Alguns elementos permanecem inalterados como, por exemplo, as paredes externas, a ornamentação das fachadas, os vãos das janelas e algumas esquadrias

Calçamento Rua da Praia

Rua da Praia

End: Rua dos Andradas, entre a Rua Doutor Flores e a Rua Marechal Floriano
Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




Até 1860, o calçamento da Rua da Praia era formado por uma calha central para a qual as calçadas laterais apresentavam declividade. O sistema de pista abaulada, com sarjetas adjacentes a cada um dos passeios começou a ser construído em meados de 1860/70, primeiramente entre as ruas General Câmara e Uruguai, após estendeu-se até a Rua Marechal Floriano e, posteriormente, até a Rua Vigário José Inácio. Em 1869 foi executado o trecho entre a Rua da Ladeira, atual Rua General Câmara, e Rua Clara, atual Rua General João Manoel. Já o trecho entre a Rua Doutor Flores e Rua Senhor dos Passos foi concluído em 1874.

A partir de 1885 o “novo” calçamento, executado com pedras irregulares, começou a ser substituído por paralelepípedo. Em 1923, sob o governo do Intendente José Montaury, fio introduzido o requinte do calçamento de “paralelepípedos de granito em mosaico”, em duas cores, preservado no trecho entre a Rua Doutor Flores e a Rua Marechal Floriano e entre a Rua Caldas Júnior e a Rua General Portinho.

O calçamento foi substituído por um “Calçadão para Pedestres” entre a Marechal Floriano e General Câmara na administração do Prefeito Guilherme Socias Villela. O trecho entre a Rua Doutor Flores e a Rua Senhor dos Passos foi revestido por asfalto.

Em 1989 o trecho do calçamento entre a Rua Doutor Flores e a Marechal Floriano foi tombado pelo Decreto Municipal n.º 9442. Neste trecho, o leito viário possui aproximadamente sete metros, com calçadas de dois metros e cinqüenta centímetros (em média).

Entre as ruas Doutor Flores e Vigário José Inácio, predominam paralelepípedos cinzas com pequenos losangos de paralelepípedos vermelhos. Já no trecho entre as ruas Vigário José Inácio e Marechal Floriano, os paralelepípedos vermelhos e pretos formam uma malha com grandes losangos intercalados

Cais do Porto- Pórtico Armazém A e B

End.: Avenida Mauá, sem número

Tombado: IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (incluso na área "Praça da Matriz e da Alfândega: sítio histórico") e SMC - Secretaria Municipal da Cultura


O Pórtico Central e os dois armazéns laterais possuem estruturas metálicas encomendadas à Casa Costa Daydée, de Paris. Sua montagem foi iniciada sob orientação do engenheiro francês, Henri Hauser, e concluída, em 1922, pelo engenheiro brasileiro Trajano Ribeiro.

Foi o primeiro imóvel restaurado pelo projeto Monumenta em 2002/2003. Servia de entrada principal da cidade numa época em que os ilustres visitantes chegavam à cidade a bordo dos "paquetes", as embarcações da época.



Os panos de vidro da fachada foram executados pela vidraçaria De Lucca, de Porto Alegre. Sua construção insere-se no contexto de introdução e desenvolvimento no Brasil da arquitetura de estruturas metálicas industrializadas, importadas da Europa.

Apreciada pelo baixo custo do material e pela facilidade de montagem, essa modalidade de construção foi praticada no Brasil, sobretudo entre 1870 e 1920, restando nos dias de hoje poucos exemplares. O antigo cais do porto possuía, além dos armazéns, escadaria de granito rosa, pela qual ligava-se ao conjunto arquitetônico formado pelos prédios hoje ocupados pelo Museu de Artes Ado Malagoli e pelo Memorial do Rio Grande do Sul, a Praça da Alfândega e a Avenida Sepúlveda.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Biblioteca Pública do Rs

End.: Rua Riachuelo, 1190 Complemento: Esquina General Câmara
Tombado: IPHAE - Instituto do Patrimônio Histórico e IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (incluso na área "Praça da Matriz e da Alfândega: sítio histórico")




A história da Biblioteca Pública do Estado começa na Província de São Pedro durante o reinado de Dom Pedro II. Em 30 de março de 1871 o deputado João Pereira da Silva Borges Fortes Filho apresentou à Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul um projeto de lei pedindo a criação de uma biblioteca oficial. O projeto foi aprovado e transformado na Lei n° 724 de 14 de abril do mesmo ano, tendo sido sancionado pelo então presidente da Província, Francisco Xavier Pinto de Lima.


Em 21 de janeiro de 1877 a BPE foi instalada e aberta ao público possuindo 1.809 obras em 3.566 volumes. Seu diretor e principal organizador foi o Dr. Fausto de Freitas e Castro. Neste ano atendeu 1483 leitores que consultaram 691 obras.



Em 1891 o RS sofre forte influência do pensamento de Augusto Comte. Júlio de Castilhos imprime então à Constituição do Estado uma linha de orientação positivista. Uma ideologia progressista e ao mesmo tempo autoritária pautou o estilo de seu governo, definindo os rumos do Partido Republicano no sul do Brasil. Borges de Medeiros deu continuidade à obra política e administrativa do Castilhismo.
A Biblioteca Pública é profundamente influenciada por este pensamento, tendo sido anexada administrativamente ao então recém criado Arquivo Público, a partir de 1906. A partir desta data o poeta parnasiano Vitor Silva, nomeado diretor, empenhou-se em dar novas características à Instituição, procurando normas técnicas para os catálogos e introduzindo a Classificação Decimal Universal (CDU) na organização do material bibliográfico.
Com projeto do Arquiteto Alphonse Herbert, em 1912 inicia-se a construção da primeira etapa do prédio da BPE. Em 1915, já autônoma, transfere-se para a sede atual na rua Riachuelo, esquina General Câmara (antigamente conhecidas como Rua do Cotovelo e Rua do Ouvidor). Construído por sugestão de Vitor Silva, a Biblioteca foi projetada por engenheiros das Obras Públicas do Estado.



Tanto na sua fachada como em seu interior apresentam influência da doutrina positivista, utilizando vários estilos em sua representação. A fachada é contornada por 10 bustos dos patronos do calendário positivista, que caracterizam os diversos aspectos do conhecimento - Júlio César, São Paulo, Carlos Magno, Dante, Guttemberg, Shakespeare, Descartes, Frederico III, Aristóteles e Bichat (ficam faltando três personagens do total de 13 - Moisés, Homero e Arquimedes). O projeto original previa linha dupla de janelas para a Rua Riachuelo com medalhões entre elas com retratos de Laplace, Descartes, Camões, Bichat, Sócrates, Plutarco, José Bonifácio e Gonçalves Dias.

Em seus aspectos formais, a fachada mostra um vocabulário de tradição clássica, inspirada em modelos greco-romanos, classificado como neoclássico. Apresenta uma modulação horizontal em dois níveis. No primeiro, a alvenaria apresenta uma rusticação, imitando pedra romana. No segundo, a ordem jônica define o ritmo do projeto. As colunas jônicas estão praticamente embutidas nas paredes. A entrada principal, com seu entablamento, define um módulo vertical na lateral direita. O acabamento é semelhante ao do Palácio Piratini, que na época da construção da biblioteca estava quase pronto.
Os espaços internos combinam diversos tipos de decoração historicista: o salão de leitura é clássico, em estilo Império, enquanto outros ambientes apresentam referências a outros estilos, entre eles o rococó, o egípcio, o gótico e o florentino. A porta principal do vestíbulo é em madeira esculpida e emoldurada em gesso dourado com soleira em mármore. A iluminação elétrica era novidade e foi projetada com requinte e exuberância.
O acesso externo ao subsolo (ou primeiro pavimento) é feito pela rua General Câmara e, internamente, pela área de circulação e escada. Possui um jardim interno, uma área coberta e os seguintes compartimentos: sala de coleções especiais e de coleções doadas, sala de processamento técnico equipada com serviço de computação, sala de pesquisa, setor de empréstimos domiciliares, almoxarifado, Sala da Associação de Amigos da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul e sanitários. Originalmente havia uma "Sala dos Homens", em conformidade com o espírito patriarcal da época.
No pavimento superior, um hall principal distribui a circulação aos outros níveis. A escadaria metálica foi importada da fábrica Alemã Joly, com parafusos marchetados em forma de flores e peitoril decorado. A esquerda, o usuário encontrava o grande Salão de Leitura que originalmente estava separado em três grandes setores: a Sala de Conferências A, a Sala das Senhoras B, a Sala de Conferências C. Esta possuía uma tribuna em madeira lavrada acompanhada de um grande número de cadeiras em forma de platéia. A Sala das Senhoras tinha uma decoração feminina e floral, em conformidade com a imagem da mulher desejada pela sociedade. Provavelmente, nesta sala, as mulheres tratariam ou pesquisariam assuntos femininos como economia doméstica, educação dos filhos, preparo das filhas para o casamento, namoros, noivados, culinária, bordados, moda, enfim, "assuntos de mulheres".

As Salas de Conferência mantêm a decoração original, com colunas de mármore com capitéis em bronze dourado. Teto e paredes foram decorados com pinturas de Ferdinand Schlatter. As três salas apresentam arcos almofadados com medalhões em bronze dourado com efígies de brasileiros ilustres como José Bonifácio, Visconde do Rio Branco, Quintino Bocaiúva, Joaquim Nabuco, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre, Machado de Assis, Euclides da Cunha, Raul Pompéia, Olavo Bilac, Castro Alves, Carlos Gomes, Araújo Vianna, Pedro Américo, Victor Meirelles e José de Alencar.

A Sala Borges de Medeiros abrange dois espaços congregados, um para pesquisa e outro de acesso ao elevador elétrico (Otis), que foi um dos primeiros elevadores instalados no estado, representando uma inovação tecnológica para a época. Executado em madeira e ornamentos dourados em estilo gótico florentino, facilitava a circulação de usuários, funcionários, livros e documentos.

Segundo o professor Júlio Nicolau Curtis "o luxo dos reposteiros, o conforto das tapeçarias e o refinamento do mobiliário hospedaram por vários anos o Gabinete da Presidência do Estado". Borges ali despachava enquanto o Palácio Piratini estava em construção. Possuia mobília de Luís XIV, sendo que a mesa era cópia de uma existente em Versailles. As portas laterais abrem para uma área ajardinada, com uma fonte de pedra e uma estátua art-nouveau em cuja base está escrito: "envolve-me um sonho de beleza".

As galerias metálicas para guarda do acervo bibliográfico foram concebidas dentro da concepção de arquitetura da engenharia do século XIX (tal como os interiores do Arquivo Público), quando a figura do engenheiro, com suas estruturas metálicas, sobrepujava a figura do arquiteto. A proposta lembra a estrutura metálica de Henri Labrouste para a Bibliothèque Nationale de Paris (1860-68). É inteiramente metálica, em três níveis, executada em chapas de aço pesando seis toneladas.

O terceiro pavimento possui oito compartimentos: galerias, sala da administração, Sala Mourisca, Sala do RGS, secretaria, sanitário, cozinha e caixa da escada. A decoração do Salão Mourisco, executada por Ferdinand Schlatter, é inspirada no Palácio do Alhambra. Destaca-se a pintura dourada, o mobiliário e as luminárias em estilo gótico florentino e as esculturas. Cada canto possui uma coluna de mármore com bustos de Camões, Shakespeare, Dante e Homero. Um pedestal em mármore azul com colunas duplas abriga uma tortuosa serpente. Dois bustos de Luis Sanguini, de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros e uma escultura da "Esfinge" completam a decoração.

Em 1919 uma reforma modifica o formato da planta baixa, que passa a ter a forma de um U. Em 1920 foram encomendadas 40 colunas para a firma José Vicente Friederichs, um elevador de luxo para o vestíbulo de entrada e parte dos lustres. A porta principal foi alargada e a escada de ferro modificada. O piso foi executado em madeira do Pará: amarelo (pau amarelo) e castanho escuro (acapú), cada sala possui um desenho diferente. Nas arcadas que separam o prédio de sua ampliação foram colocadas 48 colunas de mármore de Carrara, com capitéis de galvano-bronze.

Em 1920 foram concluídas as obras de ampliação e, em 1921 o jardim com sua fonte. Neste período a obra foi fiscalizada pelo engenheiro Theóphilo Borges de Barros. O prédio foi inaugurado como parte das comemorações do centenário da Independência a 07 de setembro de 1922.

Em 1944, após vistoria, a Sala de Leitura do subsolo foi considerada insalubre devido à ventilação imprópria e pouca iluminação, sendo transferida para a Sala de Conferências. O mobiliário foi transferido para a Associação Riograndense de Imprensa, retornando em 1960. Em 1956 o prédio perdeu muitas de suas pinturas originais, sob a orientação de Ado Malagoli. A justificativa era que a pintura não tinha valor artístico e não se adequava à arquitetura do prédio.

Em 1960 os Salões Mourisco e Egípcio foram restaurados. Em 1974 a Biblioteca esteve fechada por um ano para reforma: pintura interna e externa, rede elétrica e hidráulica, piso do térreo e do primeiro pavimento, impermeabilização do subsolo, substituição das portas internas e restauração das telas de valor histórico. Em 1972, no governo Triches, parte dos móveis e objetos de adorno forma transferidos para o Palácio Piratini.

Em 1986 o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) e em 2000 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Neste ano já contava com 100.000 volumes, entre os quais obras raras, sendo a mais antiga de 1519. Cabe salientar que ao longo de sua história tem abrigado diversos tipos de manifestações da sociedade riograndense, desde encontros políticos e literários, até palestras, cursos, conferências, reuniões, concertos musicais, saraus, apresentações de orquestras e, principalmente, atividades da Academia Riograndense de Letras.

A partir de 1996 foi iniciada a informatização do processamento técnico da Biblioteca e constituído o Setor de Multimeios, que oferece acesso gratuito a Internet, e-mail, vídeos e CD-ROM. A Biblioteca mantém um Setor Braille voltado aos portadores de deficiência visual.

O Salão Mourisco oferece uma agenda artística e cultural de março a dezembro em parceria com a Associação dos Amigos da Biblioteca Pública. Através de agendamento são realizadas visitas guiadas para pessoas e grupos.

Novos projetos em implementação visam resgatar as formas originais da Biblioteca (Projeto Monumenta), recuperar seu acervo e ampliar as oportunidades de acesso a todos os públicos a que a Biblioteca se destina.


http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/vivaocentro/default.php?p_secao=54#

Arquivo Público

Arquivo Público

End.: Rua Riachuelo, 1
Tombado: IPHAE - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado





Construído entre 1910-12 (1ª fase) e concluído entre 1918-21, tendo como arquiteto Alphonse Herbert. Em 1991 este conjunto foi tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico de Estado – IPHAE.
O Arquivo forma um conjunto arquitetônico composto por três construções: um prédio para abrigar as atividades administrativas e técnicas, e dois pavilhões construídos respectivamente em 1910 e 1920, com características específicas para armazenamento de documentos: possuem teto em forma de abóbada, paredes com espessura entre 0,90 e 1,5 metros, estantes de ferro revestido por cimento, piso de ferro vazado sobre o qual deslizam escadas móveis de ferro e exaustores elétricos. Essas atribuições técnicas asseguram o melhor controle da circulação de ar e da temperatura ambiental além contribuir para a prevenção de incêndios .
O prédio foi criado para armazenar registros civis, escrituras, inventários, testamentos, processos, processos criminais e documentos administrativos governamentais, caracterizando a organização burocrática do novo governo provincial na era republicana.
Possui duas alas que formam um “L”. Uma das faces é um arrimo que demarcava a terminação do auditório Araújo Vianna (onde hoje está situada a Assembléia legislativa do Estado). A outra ala foi completada em 1918.
Um sistema de escadarias conformaria uma ligação natural entre a Praça da Matriz e a área da Praça da Alfândega através do Arquivo Público. Os exteriores são demarcados por pilastras assentadas em base rusticada.

O acervo do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul é constituído por aproximadamente 18 milhões de documentos referentes ao seguintes poderes:
Poder Executivo: documentos administrativos de diversas Secretarias de Estado, como prontuários do Hospital Psiquiátrico São Pedro e processos de distribuição de terras públicas. Datas-limites: 1868 a 2002.
Poder Legislativo: processos de alterações territoriais de municípios (emancipações). Datas-limites: 1953 a 1994.
Poder Judiciário: aproximadamente 6 milhões de processos, provenientes da maioria dos municípios do Estado. Processos-crimes, medições de terras, inventários, testamentos, etc. Datas-limites: 1763 a 1982.
Registro Civil: certidões de nascimento, casamento e óbito com datas-limites entre 1929 a 1975; habilitações de casamento datas-limites entre 1890 a 1985, expedidas na maioria dos cartórios do Estado. Totalizando cerca de 8 milhões de documentos . Tabelionatos: livros notariais com escrituras de compra e venda, cartas de alforria de escravos, contratos, hipotecas, etc., oriundos da maioria dos municípios do Estado. Datas-limites: 1763 a 1985.

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Armazem do Cais do Porto

End.: Avenida Mauá, sem número

Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




O conjunto de aterro, cais e edificações portuárias fazem parte das realizações que trouxeram à fisionomia da cidade novos padrões de dinamização, higiene e embelezamento. Representou um imenso esforço do governo e da sociedade do início do século, de modernização urbana e de desenvolvimento econômico do Estado.

Os armazéns A1, A2, A3, A4, A5, B1, B2, B3 e o edifício sede do DEPREC, juntamente com o Pórtico Central e armazéns A e B (considerados patrimônio cultural nacional desde 1983) fazem parte de um conjunto que foi sendo estruturado por etapas, a partir da construção do primeiro trecho do cais defronte à Praça da Alfândega (1911/13), do Pórtico Central e armazéns A e B (1919/22), dos demais armazéns (1917/27) e da sede administrativa do DEPREC (1947).

A estrutura dos Armazéns A1, A2, A3, A4, A5, B1, B2 e B3 é composta por peças metálicas, importada da empresa Daydée, de Paris, e montada no local. A vedação da estrutura é executada em alvenaria de tijolos maciços. O vão livre de cada prédio é de, aproximadamente, 20 metros na transversal e 90 metros no sentido longitudinal.

A altura atinge entre sete e dez metros, correspondendo a um único pavimento. A cobertura compõe-se de cumeeira e calhas dispostas transversalmente, o que dá ao conjunto um coroamento ritmado e contínuo, conformando sucessivos frontões.

As gruas para movimentação de cargas, dispostas em trilhos metálicos na base da estrutura do telhado, os guindastes existentes ao longo do cais e a pavimentação em granito são bens integrados às edificações e compõem o conjunto tombado.




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Antigo Hotel Nacional

End.: Rua Sete de Setembro, 687/695

Complemento: esquina Rua General João Manoel, 180/184
Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




Seu projeto arquitetônico foi elaborado pelo italiano Augusto Sartori, responsável por inúmeros prédios na Capital, a pedido do comerciante Guilherme Alves, em 1919. Em estilo eclético-historicista, possui seis pavimentos diferenciados uns dos outros por um conjunto de ricos detalhes.

Na década de 40, o hotel entrou em decadência e em 1953 passou a abrigar um escritório de engenharia. Em 1991 um incêndio destruiu praticamente todo o prédio, restando apenas a torre de circulação e a fachada.

Em 2006, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Comphac) aprovou o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) para a reforma e restauração do imóvel. O projeto, assinado pelo arquiteto Evandro Eifler, abrigará uma agência bancária no térreo e salas comerciais nos demais pavimentos.

É um dos imóveis privados relacionados pelo Projeto Monumenta, iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com a Prefeitura e a Caixa Econômica Federal (CEF), que receberá financiamento para recuperação.
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Antigo Cine Imperial

Futuro Conjunto Cultural da Caixa

End.: Rua dos Andradas, 1051/1073
Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




O Cine Teatro Imperial foi inaugurado em 18 de abril de 1931. Com 1.632 lugares, garantia boa visibilidade em qualquer ponto da sala e foi palco de grandes espetáculos. Considerado o cinema mais luxuoso da época, é um dos exemplares mais sofisticados da arquitetura Art Déco no Brasil, representando uma variante desse estilo arquitetônico que utilizava motivos Marajoara.

O edifício é um dos marcos da verticalização em edificações residenciais no centro de Porto Alegre, que era usualmente empregada para fins comerciais. Passou por duas reformas, em 1960 e 1987, quando foi inaugurado o Cinema Guarani.

Em abril de 2004, foi tombado como patrimônio histórico municipal, a partir de aprovação pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc).

O Cine Imperial, propriedade municipal, vai abrigar o Conjunto Cultural da Caixa, que investirá cerca de R$ 13 milhões nas obras de restauração. Os espaços das salas dos cinemas Imperial e Guarani, térreo, mezanino e mais dois pavimentos do prédio de onze andares ficarão sob responsabilidade da Caixa durante 30 anos. Os demais pavimentos, também recuperados, serão utilizados por setores da administração municipal.

O Programa Monumenta, que tem recursos do BID para a revitalização de sítios urbanos, por meio da recuperação do patrimônio cultural, também participará do investimento para a recuperação da fachada e cobertura.

O projeto integra o plano de revitalização do centro de Porto Alegre, fazendo parte de conjuntos arquitetônicos da Praça da Alfândega voltados à área cultural, como o Margs, o Santander Cultural e o Memorial do Rio Grande do Sul.

A iniciativa pretende manter a concepção original de cine-teatro, preservando a fachada e outros elementos como pisos, luminárias e escadaria. O Conjunto Cultural, além de sala de espetáculos com capacidade para 800 pessoas, terá salas multimídia e espaços para museu, ambiente climatizado para exposições, mostras de cinema, oficinas e seminários, sala de dança, camarins, vestiários, banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, foyer, cafeteria e livraria. Conforme o engenheiro Ismael Solé, um dos responsáveis pelo projeto, é o primeiro cine-teatro brasileiro a ser restaurado integralmente.

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Antiga Provedoria da Real Fazenda


Antiga Provedoria da Real Fazenda

1º sede do Legislativo - Casa Rosada - Prédio da Junta - Futura Sede do Memorial do Legislativo

End.: Rua Duque de Caxias, 1029

Tombado: IPHAE - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado

Prédio mais antigo de Porto Alegre, construído em 1790, abrigou a sede do Legislativo gaúcho de 1835 a 1967, quando o Parlamento foi instalado no Palácio Farroupilha, onde funciona até hoje.

A chamada Casa Rosada foi construída para sediar a Provedoria da Real Fazenda e passou a abrigar o Conselho-Geral da Província, em 1828, que mais tarde foi substituído pelas Assembléias Provinciais, com ampliação das competências. Sua arquitetura original apresentava apenas um pavimento, com planta regular, segundo o estilo colonial que predominava na época.

Foi neste prédio que aconteceu a sessão de abertura da primeira Legislatura, em 20 de abril de 1835. Naquele ano, em 20 de setembro, o confronto entre o presidente da província, Antônio Fernandes Braga e no deputado Bento Gonçalves da Silva, culminou na invasão de Porto Alegre e o início da Revolução Farroupilha. Durante os 10 anos da Guerra dos Farrapos, o casarão teve períodos em que permaneceu fechado. Somente após a Paz de Ponche Verde, assinada em 1845, é que a Assembléia Provincial voltou a funcionar, com a instalação da segunda Legislatura do Parlamento, em 1º de março de 1846. A sessão foi presidida por Lima e Silva, o futuro Caxias.


Em 1860, o prédio ganhou um 2º piso e seu estilo foi alterado - recebeu influências neoclássicas, mantendo elementos originais da época da construção e passa a abrigar a Junta de Administração e Arrecadação da Fazenda, que emprestou o nome ao prédio.

Entre 1835 e 1967 sediou a Assembléia Legislativa. Ali ocorreu a promulgação da 1º Constituinte Republicana do Estado, em 1891. Com a instituição do Estado Novo, as portas do casarão permaneceram fechadas por quase dez anos. O prédio foi totalmente reformado para receber os novos deputados da terceira Assembléia Constituinte da história gaúcha, instalada em 1947. O casarão foi utilizado pelo Parlamento até a conclusão da nova sede, o atual Palácio Farroupilha, em 1967.

As tratativas para construção do prédio iniciaram em 1956 na gestão do ex-deputado Manoel Braga Gastal (PL), com base no relatório solicitado no ano anterior pelo deputado Victor Graeff, que presidia a Casa. A
inspeção concluiu pela condenação da bicentenária construção, recomendando a sua desocupação urgente. Mas isso só ocorreria em 20 de setembro de 1967 com a conclusão da nova sede, o atual Palácio Farroupilha, inaugurado, na gestão do então presidente Carlos Santos.

No local onde foi erguido o prédio existia uma concha acústica, que seria transferida até o Parque da Redenção, onde mais tarde foi erguido, com recursos da Assembléia Legislativa, o Auditório Araújo Viana. Após a desocupação do prédio, o antigo plenário que por tantos anos serviu de cenário para os mais importantes fatos políticos do Rio Grande do Sul, foi totalmente demolido.

Em 2004, o casarão foi retomado pela Assembléia e passará a abrigar o Memorial do Legislativo, com toda a museografia, banco de dados, fotos, filmes, documentação, mobiliário e objetos antigos que compõem a história da do Parlamento gaúcho, abrindo um espaço de 1.100 metros quadrados no Solar dos Câmara para outras atividades culturais.

O organograma do Memorial do Legislativo é dividido em quatro grandes áreas: Patrimônio, Museu, Acervo Documental e Institucional. O projeto da antiga sede do Parlamento gaúcho, que conta com a contribuição de intelectuais, universidades e empresas, servirá como mais uma opção cultural da cidade, além de resgatar a história do Poder Legislativo gaúcho.

A parceria da Assembléia Legislativa com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está resultando na organização do acervo documental do Legislativo. O Departamento de Arquivologia da UFRGS está realizando o levantamento dos documentos existentes e o Departamento de História realiza a proposta para utilização do acervo, no espaço
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Confeitaria Rocco

End.: Rua Riachuelo, 1
Complemento: esquina Rua Doutor Flores, 465
Tombado: SMC - Secretaria Municipal da Cultura




Nicolau Rocco (1861-1932), natural da Itália, antigo funcionário da famosa confeitaria “El Molino” de Buenos Aires, fundou, em 1892, a Confeitaria Sul-América em Porto Alegre. Em 1910, acompanhando o ‘boom’ imobiliário decorrente do desenvolvimento econômico da cidade, mandou construir o prédio da Confeitaria Rocco.



O projeto, em estilo Eclético, foi elaborado pelo arquiteto e construtor Salvador Lambertini, que faleceu em 1911. A obra foi concluída pelo arquiteto Manuel Itaqui Barbosa Assunpção sendo inaugurada em 20 de setembro de 1912. O edifício destaca-se por sua implantação no terreno de esquina como um bloco monolítico esculpido.



A estrutura do prédio é mista de alvenaria de tijolos de barro e vigamentos de ferro. A área total do imóvel é de 1.560,00m2 distribuídos em quatro pavimentos:

• fabricação dos doces no subsolo;

• confeitaria, com acesso ao público, no térreo;

• salão de festas no 2º pavimento;

• copa e outras dependências no 3º pavimento.

As fachadas são ornamentadas com requintado trabalho em ferro nas sacadas e balcões, colunas e pilastras com capitéis em forma de cabeça de leão, grandes letreiros em relevo ornamental com o nome da empresa, profusa decoração de frisos, cornijas, mísulas e a platibanda com balaustradas.



Nelas estão distribuídos três pares de atlantes, formados por um Atlante jovem e outro idoso. O Atlante jovem representando a América e a Fartura e o Atlante idoso representando a Europa e a Abundância. Os Atlantes suportam com uma mão a sacada e com a outra a cornucópia da fecundidade. O conjunto escultórico no frontispício representa a Luz. A figura feminina central está emoldurada por uma lira tendo ao seu lado duas crianças. Há alusão explícita às artes, em especial à música. O terraço era utilizado como depósito e como local de contemplação da cidade.

A fábrica de doces, confeitaria, salão de chá e de festas, junto à Praça Conde de Porto Alegre (antiga Praça do Portão), era o local privilegiado dos encontros da sociedade riograndense, tanto pela localização e qualificação do imóvel, quanto pela qualidade dos doces. A decoração do interior era luxuosa, com tampos de mármore, entalhes de madeira, pinturas murais de grandes dimensões e iluminação cenográfica. Freqüentaram seus salões, entre outros, Góis Monteiro, Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, Daltro Filho e Mario de Andrade.

Foi tombada pela Prefeitura em 1997.

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Bens Tombados no Centro

Patrimônio Cultural no Centro


A Secretaria Municipal da Cultura (SMC) realiza o Inventário do Patrimônio Cultural - Bens Imóveis - de Porto Alegre, um trabalho de caráter permanente que mantém atualizado o conhecimento sobre os espaços e edificações com interesse para preservação, bem como o perfil de cada bairro da cidade.




O Inventário é um instrumento fundamental para o desenvolvimento da prática de preservação pelo Município, subsidiando o planejamento da cidade. No Bairro Centro estão identificados 1.037 imóveis.

Há também os bens tombados pelo Município, que são aqueles que, por seu valor histórico, paisagístico, morfológico ou técnico sejam de interesse público preservar e proteger. São protegidos pela Lei de Tombamento - Lei Complementar 275/92 - e passam a integrar o Patrimônio Cultural de Porto Alegre após serem inscritos no Livro do Tombo. O tombamento de imóveis e espaços de valor cultural no Município pode ser procedido pelo Poder Público ou requerido por qualquer pessoa física ou jurídica domiciliada ou estabelecida em Porto Alegre.

Bens tombados no Centro:

Antiga Confeitaria Rocco

Antiga Provedoria da Real Fazenda

Antigo Cine Imperial

Antigo Hotel Nacional

Armazéns do Cais do Porto A1, A2, A3, A4, A5, A6, B1, B2, B3

Arquivo Público

Biblioteca Pública do Estado

Cais do porto - Pórtico e Armazéns A e B

Calçamento entre Mal. Floriano e Dr. Flores

Casa da Riachuelo, 525

Catedral Madre de Deus e Curia e Metropolitana

Casario da Fernando Machado, 464, 472, 480

Casa de Cultura Mário Quintana

Catedral da Santíssima Trindade da Igreja Episcopal do Brasil

Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo

Centro Cultural Usina do Gasômetro

Chalé da Praça XV

Cinemateca Capitólio

Clube do Comércio

Departamento Estadual de Portos Rios e Canais - Deprec

Edifício Tuyuty - GBOEX

Escadaria João Manoel

Esquina Democrática

Faculdade de Direito da UFRGS

Fundação de Economia e Estatística

Galeria Chaves

Igreja Nossa Senhora das Dores

Inspetoria da Receita Federal

Memorial do RS

Mercado Público Central

Museu da Comunicação Hipólito José da Costa

Museu de Artes do RGS Ado Malagori - Margs

Museu Júlio de Castilhos

Observatório Astronômico da UFRGS

Paço dos Açorianos - PM

Palácio do Ministério Público

Palácio Piratini

Ponte de Pedra

Praça da Alfândega e entorno

Praça da Matriz e da Alfândega - Sítio Histórico

Pinacoteca Ruben Berta

Prédio da Riachuelo, 933

Prédio João Paz Moreira

Santander Cultural

Secretaria da Fazenda

Solar Conde de Porto Alegre

Solar da Riachuelo, 645

Solar dos Câmara

Teatro São Pedro

Viaduto Otávio Rocha

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Bonde Turístico

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Bonde Histórico

Provável trajeto:

Saída do Antigo Abrigo dos Bondes, seguindo pela Rua Sete de Setembro, Rua General Portinho, Rua dos Andradas e Rua General Salustiano onde será executado um terminal. O trajeto de volta passa pela Rua General Salustiano, Rua dos Andradas, Rua Vigário José Incácio e Avenida Otávio Rocha.




Em 1/11/1864 foi inaugurada a primeira linha de bondes tracionados por mulas, entre o porto e o cemitério de Menino Deus. Essa linha foi encerrada em 1872 e os carros vendidos à cidade de Rio Grande, mas uma nova companhia, Carris de Ferro Porto-Alegrense, foi formada em 19/6/1872, reabrindo a rota em 4/1/1873. Uma segunda empresa, a Carris Urbanos, abriu linhas em outros lugares da cidade na década de 1880.


Todas as linhas e seus veículos foram adquiridos em 24/1/1906 pela Companhia Força e Luz Porto-Alegrense, que vinte anos depois foi dissolvida, passando as linhas a diversas empresas. Os bondes elétricos de dois andares começaram a operar em 10/3/1908 e em 1914 foi encerrado o serviço com tração animal.




Encomendas nos EUA e na Europa tornaram Porto Alegre, possivelmente, a cidade com maior diversidade de modelos de bondes em operação no mundo. A partir de 1963, o sistema de bondes na capital gaúcha começou a ser substituído por ônibus e tróleibus e em 8/3/1970 foi encerrado.

Projeto Viva O Centro

Viva o Centro

O Projeto


O Centro pode ser definido como um local de diversidade, com inúmeras potencialidades, capaz de assimilar as mudanças necessárias aos novos estágios de desenvolvimento da cidade. Esta renovação o mantém vivo e como principal referência do povo gaúcho.

O Projeto Viva o Centro considera que é preciso, tanto valorizar o Centro Histórico, considerando seu status diferenciado com relação às demais regiões da cidade, como reforçar e qualificar a atratividade que sempre existiu. Para atingir estes objetivos é imprescindível uma gestão integrada, contínua e de longo prazo, com atuação por meio da articulação de ações estratégicas.

O Viva o Centro procura estimular na área central, além do seu caráter predominantemente de comércio e serviços, outras vocações igualmente importantes e compatíveis com seu imenso potencial econômico, cultural e ambiental, melhorando as condições gerais do bairro. Volta-se, desta forma, para questões como a paisagem, a recuperação de prédios e áreas públicas, o transporte coletivo e individual, a segurança, a moradia, o comércio informal, entre outras. O trabalho desenvolve-se através de um conjunto de ações.

Público-alvo:

Busca atender às expectativas de toda a população de Porto Alegre, Região Metropolitana e de todo estado gaúcho, principalmente os cerca de 400.000 usuários diários e seus 36.862 moradores (Censo do IBGE de 2000) com foco nos empresários e trabalhadores, parceiros indispensáveis do Poder Público.

Abrangência:

Bairro Centro Histórico - área circundada pela 1° Perimetral (228 hectares).

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cais do Porto

Porto dos Casais foi um dos nomes da cidade brasileira de Porto Alegre, em alusão à chegada, em 1752, dos primeiros casais vindos das ilhas dos Açores.


É também o nome dado ao porto da cidade, mais especificamente a um projeto para sua revitalização. O também chamado Cais do Porto foi a porta de entrada para viajantes na cidade. Foi também o grande responsável pelo desenvolvimento que resultou na transformação da vila em capital, devido ao seu uso para comércio. Possuí 17 armazéns, que são usados para eventos culturais, como a Feira do Livro de Porto Alegre ou a Bienal do Mercosul.

Usina do Gasômetro



A Usina do Gasômetro, ou simplesmente Gasômetro, é uma antiga usina brasileira de geração de energia de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Apesar do nome, era na realidade uma usina movida a carvão - o tal "Gasômetro" fazia referência à área onde hoje está a Usina, chamada de Volta do Gasômetro.

O prédio da usina termelétrica do Gasômetro foi inaugurada em 1928 para abrigar a Companhia Brasil de Força Elétrica, subsidiária da Eletric, Bond & Share Co., empresa com sede nos EUA que geriu a eletricidade e o transporte elétrico de Porto Alegre até 1954.
O complexo arquitetônico recebeu esse nome devido à proximidade com a antiga Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado que ocupava as margens da rua Washington Luíz. Essa usina fornecia gás destinado à iluminação pública e abastecimento de fogões. A chaminé de 117 metros foi construída em 1937 durante a administração de Alberto Bins para amenizar os problemas causados pela emissão de fuligem. A usina foi destivada em 1970, entrando a partir daí, em processo de deteriorização. Pensou-se em demolí-la mas houve reação da sociedade. Anos depois é reformada, tombada e transformada em centro cultural.
Usina do Gasômetro vista do GuaíbaÉ um dos pontos mais tradicionais para ver o famoso pôr-do-sol da cidade, às margens do Lago Guaíba. Hoje a Usina do Gasômetro é um grande centro cultural de Porto Alegre, sendo palco das mais diversas manifestações artísticas como teatro, dança, pinturas, etc. Em julho de 2007, recebe nova reforma.
Em 17 de agosto de 1988 a chaminé de 124m de altura foi palco de uma inédita manifestação ecológica que visava chamar a atenção da cidade para a votação do Projeto Praia do Guaíba que ocorreria naquele dia na Câmara de Vereadores. Quatro ecologistas da AGAPAN (Gert Schinke, Guilherme Dorneles, Gerson Buss e Sidnei Sommer) escalaram a chaminé e em seu topo colocaram uma faixa de protesto ao pretendido projeto.A manifestação da chaminé do gasômetro foi tida como uma das mais bem sucedidas pelo movimento ecológico gaúcho pois trouxe ao centro da agenda política a ocupação da orla do Rio Guaíba, objeto de permanente polêmica, a exemplo da recente que gerou a Consulta Pública realizada no dia 23 de agosto de 2009, e que evidenciou a vontade da população portoalegrense em não ceder a orla para a prédios residenciais, como propunha o projeto urbanístico Pontal do Estaleiro. Apenas prédios comerciais são permitidos.


O Centro


Centro é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959 alterada pela Lei 4685 de 21 de dezembro de 1979. A denominação do bairro foi alterada pela Lei nº 10.364, de 22 de janeiro de 2008, para Centro Histórico. Por sua antiguidade, o Centro Histórico é o bairro de Porto Alegre que concentra a maior parte dos marcos históricos e patrimônios culturais e arquitônicos da Capital.